Em tempos de várias crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é preciso esclarecer algumas informações referentes a este transtorno.
Diferentes do que muitas pessoas pensam, as crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade não são crianças mal educadas ou menos inteligentes. O TDAH como é popularmente conhecido é um transtorno de “base orgânica”, associado a uma disfunção em áreas do córtex cerebral, conhecida como Lobo Pré-Frontal.
Além da base orgânica o TDAH é hereditário, isso quer dizer se alguém da família tem a probabilidade da criança ter é muito maior. Outro ponto para se levar em consideração são as questões comportamentais onde o estilo de vida, personalidade e a história pessoal de cada paciente têm grande importância.
Os sintomas mais comuns do TDAH são impulsividade, hiperatividade e desatenção, porém tanto crianças quanto adultos, já apresentaram alguns desses sintomas em algum momento da vida, o que é completamente normal. Entretanto, se esses sintomas combinados ou não, são persistentes e intensos, levando a prejuízos funcionais significativos na vida da criança deve-se procurar um especialista.
Para que o diagnóstico seja dado com precisão, questionários, testes e avaliações são feitas com os pacientes, familiares e até mesmo com os professores. Mas é necessário entender que não é somente o questionário que certifica se há ou não o transtorno. É necessário em média 6 meses de conversas, análises, testes e consultas para que o diagnóstico seja feito pelos profissionais capacitados.
Inicialmente acreditavam que a única forma de tratamento era intervenção medicamentosa e que outros tratamentos não dariam resultado, na medida em que foi ficando cada vez mais claro que o TDAH não é apenas uma disfunção cerebral, as outras formas de tratamento foram ficando mais forte e mostrando sua eficiência na qualidade de vida do paciente. Hoje tem diversos tratamentos disponíveis que podem ser usados, dentre eles psicoterapia, atividades psicopedagógicas, coaching, ginástica cerebral, biofeedback, entre outras.
O objetivo principal da psicoterapia é que a criança aprenda a lidar com seus sintomas, evitando ou limitando os prejuízos em sua vida, além de realçar suas qualidades para melhorar sua auto-estima. Também é importante trabalhar com a família e com a escola para ajudar a criança a buscar uma mudança de comportamento.